sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Que papel cabe à Europa?





2016 foi um ano que sacudiu as consciências adormecidas.
Vimos perfilar-se lideranças com sede de poder. 
Lideranças que verbalizam o poder bélico na época do Natal. 
Lideranças que desvalorizam o papel das Nações Unidas.
Lideranças que confrontam mesmo uma directiva das Nações Unidas.
Lideranças sem consciência humana.

Como espécie estamos desenhados para sobreviver como grupo, como comunidade. Se perdermos essa capacidade, perdemos tudo.
E se assim é, porque entregamos o poder de nos destruir a pessoas que não adquiriram esta capacidade?


Que papel cabe à Europa?
A voz da consciência humana. A par de todos os países de outros continentes que respeitam os direitos humanos.
É um grande desafio para uma Europa que esqueceu esses valores durante mais de uma década, gerida pelo individualismo e o preconceito.
E porquê a Europa? 
Porque é um continente que sofreu e infligiu sofrimento, e que ainda procura reabilitar-se de feridas cicatrizadas no corpo, mas ainda vivas na alma.
É essa a força da consciência, uma ferida que nos lembra o sofrimento que é urgente evitar e que valoriza a frágil e preciosa harmonia.

O choque civilizacional que vemos surgir no planeta é essencialmente entre os que respeitam a vida e os direitos humanos e os que não os respeitam; os que interagem, negoceiam e todos ganham, e os que seguem a lógica do poder, do ganha-perde; os que arrumam a casa respeitando os vizinhos e o planeta, e os que provocam conflitos e criam inimigos exteriores para controlarem a própria casa; os que procuram a harmonia e o equilíbrio, e os que só conhecem a lógica da conquista e da apropriação.




Sem comentários:

Enviar um comentário