sábado, 12 de novembro de 2016

Como cidadãos do mundo temos um incrível poder: de amar, de unir, de criar comunidades, de curar o mundo


Vivemos num mundo que já é, nalgumas regiões do mundo, a utopia dos nossos antepassados: paz, saúde, qualidade de vida. 
Falhámos, no entanto, enquanto espécie, na grande vastidão do planeta e estamos muito perto de destruir as condições básicas para continuar a habitá-lo.
Fome, guerra, deslocações em massa, esse é o inferno de milhões de conterrâneos.
E entre estas duas realidades temos o limbo, vidas paradas, estagnadas, adiadas ou aprisionadas, onde a revolta é o motor principal a alimentar a esperança.

Imaginem, tal como John Lennon imaginou, que era possível canalizar esta revolta, esta energia criativa, para acordar consciências, unir capacidades, criar comunidades, curar o mundo.



Já aqui referi o exemplo verdadeiramente impressionante da UXA (Unemployed Exchange Association) no tempo da grande depressão americana. Tudo o que foi conseguido entre 32 e 34! A capacidade criativa e organizativa, e sem os instrumentos de comunicação que hoje temos ao dispor.
E o que fez o governo? Apressou-se a intervir, substituindo-se à liderança das comunidades de cidadãos. Antes que a moda pegasse e as pessoas se apercebessem que os governos podem ser facilmente substituídos...

Não, não estou a propor tal ideia... mas simplesmente: é nossa responsabilidade mostrar aos governos como se pode liderar e gerir um projecto para os cidadãos e com os cidadãos. 
Porque já percebemos que os governos não podem ser deixados à vontade a governar sozinhos em nosso nome.

É esta a nossa utopia como cidadãos do mundo, tornar possível a água potável, a alimentação, a saúde, a realização pessoal, a toda a população terrestre, em harmonia com o planeta e a sua diversidade.
Eu sei, eu sei, para utopia parece uma megalomania. Mas por falar em megalomania... o que dizer então dos tresloucados que querem apropriar-se dos recursos terrestres?, e para, tão somente, aumentar as suas contas bancárias nos offshores, ou o seu poder de influência política, de pressão, de chantagem?, e os que provocam guerras para manter ou para expandir o seu poder alucinado?, e os que fecham as portas aos que fogem dessas guerras?

O que vimos acontecer desde o início deste século já é mais do que suficiente para perceber com que megalomanias temos de lidar.



Sem comentários:

Enviar um comentário