quinta-feira, 21 de abril de 2016

O perfil de secretário-geral da ONU





Pela primeira vez na ONU, que faz 70 anos, a escolha do secretário-geral faz-se através de uma selecção apertada, com audiências, debates, entrevistas.
As primeiras ocorreram este mês e as próximas serão em Maio.

Aqui já me referi à candidatura de António Guterres por ser português.
Entretanto já fui pesquisar a lista de candidatos/as.


Qual o perfil ideal de um secretário-geral da ONU?

Qual a cultura que se pretende implementar na ONU? Que tipo de reformas? Que desafios enfrenta?
O vídeo acima fala-nos de transparência, abertura às mulheres, apresentar resultados. Os grandes desafios: mobilizar para a paz, os direitos humanos, as alterações climáticas. 
Que perfil corresponde a esta cultura e a estes desafios?
Liderança, capacidade para tomar decisões difíceis e de mobilizar países e recursos. 

O percurso de cada um/uma demonstra provas dadas: como lidou com situações de emergência? Como conseguiu mobilizar países e recursos? Como foi ouvida e respeitada a sua autoridade? 
Será escolhido/a essencialmente por apresentar resultados.

Qualidades que facilitam a interacção, liderança, respeito: como aborda as questões essenciais? Como define prioridades? Consegue passar a sua mensagem? Promove a cultura do séc. XXI, virada para o futuro, porque os desafios são mesmo esses: que futuro?, se o dos conflitos e das catástrofes naturais, ou o da paz possível e da qualidade de vida para as novas gerações.

E há a questão política que também vai pesar. Candidatos/as que são considerados com reservas pelo bloco ocidental e outros/as pelo bloco oriental. Não sei se também haverá um bloco norte e um bloco sul, mas tudo isto entrará na decisão final. 

Em todos os processos de selecção de candidatos que elaborei, penso ter conseguido a objectividade necessária. Por vezes tive candidatos posicionados em ex aequo e nessa circunstância é a empresa que tem a decisão final.
Neste caso da escolha do próximo secretário-geral da ONU, dei comigo a pesar na balança estas condições: "português" e "mulher", porque sou portuguesa e mulher. Como se estas duas características, por si só, tivessem qualquer peso.
A abertura a candidaturas de mulheres na cultura da mudança que se quer implementar na ONU é muito importante, até porque somos 51% da população mundial. 
No entanto, o "factor mulher" só deve ser ponderado em segundo lugar. As capacidades e qualidades únicas de cada candidato/a é que terão de prevalecer. O seu percurso. As provas dadas. A obtenção de resultados.

Até ver, a minha pesquisa sobre os/as candidatos/as tem-me levado a algumas surpresas agradáveis.








   

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